HOLE IN THE GROUND

e eu fico desse jeito pensando nos beijos e carinhos dela

1/28/2006

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Acordo esta manhã com um arrepio que me percorre a espinha, segue pelas veias e culmina no lado esquerdo do meu peito... o que sinto nao é dor, não é angústia. É algo de transcendente, que me faz sentir como que se tudo aqui estivesse errado... Que não estou aqui para levar uma vida normal, que tenho que fazer mais. Que me enche de força para descobrir o certo, para procurar o significado desta viagem.

Não percebo porquê mas nem com tudo de todos eu me sinto saciado. Sinto que preciso procurar mais, mais fundo e mais intensamente, para realmente descobrir do que é feita a felicidade, como que uma caixa de pandora nunca antes aberta, apenas rasgada num dos cantos para ver o que continha lá dentro. Penso que tudo isto é muito relativo, acho que não é possível dizer quando uma pessoa está feliz ou não está. Até aquele que a olhos nús e crús parece o mais coitado de todos, o mais mal-tratado pode ser feliz, ou seja sentir-se bem com o seu espírito.

Questiono-me sobre isto muitas vezes, será a verdadeira felicidade uma das coisas mais inatingíveis de sempre, ou uma das coisas mais simples que existem?

Eu até me podia sentir bem num vale bem longe do sitío onde me encontro agora, tomando conta do meu rebanho de cabras.. Até aí podia ser feliz, longe de tudo e todos, apenas com os meus animais perto de mim. Longe de todos aqueles estereótipos estúpidos, cruéis e estupidamente ainda mais estúpidos...

Por que ideal se anda a civilização a guiar, é isso que me pergunto, e é essa a razão do meu acordar.